Sabe um hábito péssimo que eu estava criando?
- Lorayne Clemente
- 4 de jul. de 2024
- 2 min de leitura
Fazer absolutamente todas as tarefas de casa "ouvindo" vídeos em alguma rede social. Eu simplesmente fazia no automático, ouvindo algum conteúdo bobo para me distrair de uma tarefa que eu não curto muito, tipo lavar a louça.
Com o tempo, fui percebendo que a minha paciência para esperar algo, na fila do supermercado, por exemplo, estava cada vez menor. Qualquer 20 segundos sem nada para fazer, eu pegava o celular e abria uma rede social.

Com o tempo, minha capacidade atencional e, principalmente, minha memória, começaram a dar sinais de que alguma coisa não estava tão legal assim. Além disso, esse meu incômodo de o tempo todo ter que abrir o celular foi ficando maior: por que tanta dificuldade em ficar comigo mesma?
Em uma era completamente digital, onde temos estímulos o tempo todo, é fácil se acostumar a estar sempre com o telefone na mão, e é fácil também começar a perceber o prejuízo disso: qualidade do sono, atenção, memória, tolerância ao desconforto, autopercepção, produtividade. Não dá para ficar sem telefone, mas existem formas de treinar algumas habilidades que vão te ajudar a desenvolver justamente esses pontos e ajudar ainda a desenvolver o autocontrole necessário para ser mais equilibrado no seu uso, como por exemplo a prática de mindfulness.
A prática de mindfulness, ou atenção plena, envolve focar a atenção no momento presente de forma intencional e sem julgamentos. Trata-se de um treino de atenção. Assim, fica cada vez mais natural e fácil, quando necessário, estar totalmente presente e consciente das suas experiências, pensamentos, emoções e sensações corporais enquanto elas acontecem, sem se deixar levar por distrações ou reações automáticas.
Em que a prática de mindfulness pode ajudar:
Diminuição do estresse;
Melhora da atenção e memória;
Regulação emocional;
Melhor autopercepção (corporal e emocional);
Aumento da produtividade.
Mas, antes de iniciar a prática, vale lembrar alguns pontos importantes:
Prática de mindfulness x Técnica de relaxamento: Tratam-se de coisas diferentes. Pode ser, sim, que você relaxe durante uma prática de mindfulness, mas também pode ser que você sinta raiva, incômodo. O objetivo é apenas que você consiga se manter na prática, mesmo com essas diferentes emoções.
Constância: Assim como não conseguimos correr uma maratona do dia para a noite, a prática requer constância, começando com práticas mais curtas, até que se desenvolva um pouco mais de atenção e seja possível realizar práticas mais longas.
Tempo para os benefícios: A prática, por si só, desde o começo, já auxilia a se centrar no momento presente e a ter uma melhor autopercepção. No entanto, os benefícios mais significativos, como aumento do foco atencional, requerem um tempo maior de constância.
Ah, para ajudar, você também pode utilizar áudios, vídeos e aplicativos que conduzem práticas diferentes. Assim, é possível entender quais estímulos funcionam melhor para você!
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